segunda-feira, maio 21, 2012

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Na aula do dia 03 de maio de 2012, com a turma da 5ª fase EJA, aplique com os adultos algumas atividades sobre a Formação do Povo Brasileiro, que pudessem servir de conscientização e de incentivo à erradicação do preconceito racial mostrando a eles que todos nós somos iguais independentemente de qual “grupo racial” predominou nos nossos antepassados.
       Assim sendo mostrei aos alunos dois vídeo "O Povo Brasileiro" - Baseado na obra de Darcy Ribeiro. O primeiro vídeo tem como foco de análise o Nordeste, enquanto que o segundo o a Região Sul. Comentei que cada um deve fazer a sua parte, pois de acordo com o Estatuto da Igualdade Racial devemos: “combater a discriminação racial e as desigualdades raciais que atingem os afro-brasileiros, incluindo a dimensão racial nas políticas públicas desenvolvidas pelo Estado”. Discriminação racial é definida pelo texto legal como “toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo, ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais” (art. 1º, § 1º). Já desigualdades raciais, por sua vez, como sendo “situações injustificadas de diferenciação de acesso e gozo de bens, serviços e oportunidades, na esfera pública e privada”.
       Logo após, os alunos se dirigiram aos computadores para realizarem as atividades propostas, e solicitei que eles criassem uma historia (narração) em slides sobre a Formação do Povo Brasileiro no programa Open Office. Os alunos puseram em prática sua criatividade e criaram historias simples, mas bem interessantes, já que alguns alunos não tinham contato com o computador e sabiam muito pouco. Para terminar a aula ouvimos a música: Paratodos de Chico Buarque. Os alunos participaram efetivamente das atividades propostas, fazendo alguns comentários relevantes quando contamos a história. Eles aprenderam e se divertiram com o tema.
Letra: Paratodos - de Chico Buarque

O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Meu maestro soberano
Foi Antonio Brasileiro

Foi Antonio Brasileiro
Quem soprou esta toada
Que cobri de redondilhas
Pra seguir minha jornada
E com a vista enevoada
Ver o inferno e maravilhas

Nessas tortuosas trilhas
A viola me redime
Creia, ilustre cavalheiro
Contra fel, moléstia, crime
Use Dorival Caymmi
Vá de Jackson do Pandeiro

Vi cidades, vi dinheiro
Bandoleiros, vi hospícios
Moças feito passarinho

Avoando de edifícios
Fume Ari, cheire Vinícius
Beba Nelson Cavaquinho

Para um coração mesquinho
Contra a solidão agreste
Luiz Gonzaga é tiro certo
Pixinguinha é inconteste
Tome Noel, Cartola, Orestes
Caetano e João Gilberto

Viva Erasmo, Ben, Roberto
Gil e Hermeto, palmas para
Todos os instrumentistas
Salve Edu, Bituca, Nara
Gal, Bethania, Rita, Clara
Evoé, jovens à vista

O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Vou na estrada há muitos anos

Sou um artista brasileiroad1

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